Confesso que pouco tinha escutado falar na cantora Dalva de Oliveira, apesar de descobrir que já conheci a algumas canções consagradas por sua interpretação. Assistir a minissérie Dalva e Herivelto na Globo, me fez mergulhar em um universo que não conhecia, a era de ouro da Radio Nacional, mas o maior mergulho foi na relação de amor e ódio dos protagonistas. De como, o amor pode ser doentio e fazer sofrer (será que podemos chamar de amor?). Acabo de ver o final da minissérie e fiquei pensando nesse cenário ainda tão atual, mesmo hoje, na dita sociedade da informação. A mulher que sofre pelas traições do marido, que teme recomeçar, que não consegue dar um basta no sofrimento, e que ainda assume o papel de vitima eterna, e não vai a luta para viver.
Dalva, a estrela Dalva, foi uma dessas mulheres, que apagou sua própria luz, por falta de amor próprio, ou excesso de amor por alguém que a não merecia. Foi-se a mulher, restou o mito, agora eternizado por um belíssimo trabalho, que resultou na minissérie estrelada magnificamente por Adriana Esteves e Fábio Assunção. Então salve Dalva: a cantora, a esposa, a mãe... a mulher!
